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Alberto Caires e Celso Giglio |
O deputado estadual Celso Giglio, coordenador da
Frente Parlamentar Municipalista, da Assembleia Legislativa do Estado de São
Paulo, encerrou o VI Congresso de Municípios do Noroeste Paulista,
apresentando em primeira mão o documento que será encaminhado à Rio+20 – Conferência das Nações
Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. O documento é uma contribuição do
Parlamento Paulista para a discussão sobre o papel das cidades no futuro,
dentro de um mundo sustentável.
De acordo com o deputado, a Conferência terá dois temas
principais: A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da
erradicação da pobreza; e A estrutura institucional para o desenvolvimento
sustentável. “O encontro deverá contribuir para definir a agenda do
desenvolvimento sustentável para as próximas décadas. Procuramos demonstrar a
antiga importância das cidades e colocar em discussão qual será seu verdadeiro
papel nos próximos anos”, afirma.
A proposta brasileira de sediar a Rio+20 foi aprovada
pela Assembléia-geral das Nações Unidas, em 2009. Nesta edição, segundo Giglio,
deve-se renovar o compromisso político com o desenvolvimento sustentável, por
meio da avaliação do progresso e das lacunas na implementação das decisões
adotadas pelas principais cúpulas sobre o assunto e do tratamento de temas
novos e emergentes.
Para o prefeito Alberto Cesar de Caires, o presidente
da AMA – Associação dos Municípios da Araraquarense, entidade organizadora
do VI Congresso, o lançamento oficial do documento da Frente Parlamentar
Municipalista durante o evento só valoriza o Congresso. “Demonstra a
importância que o Congresso da AMA assumiu dentro do contexto das importantes
discussões nacionais e internacionais que norteiam o mundo”, ressalta.
Desenvolvimento sustentável
Desenvolvimento sustentável é o modelo que prevê a
integração entre economia, sociedade e meio ambiente. Em outras palavras, é a
noção de que o crescimento econômico deve levar em consideração a inclusão
social e a proteção ambiental. “Dentro desse contexto, o municipalismo
brasileiro propõe às Nações Unidas um novo papel para o município no futuro. O
desenvolvimento sustentável deve ter também uma morada na cidade”, ressalta o
deputado.
Giglio entende que é fundamental que o município
brasileiro se aperfeiçoe para que responda aos desafios deste século, sendo
que, de acordo com especialistas, o lixo ainda é um dos principais desses
desafios para os governos, na área de gestão sustentável. No entanto, segundo
dados do Ministério do Meio Ambiente, na última década, o Brasil deu um salto
importante no avanço para a gestão correta dos resíduos sólidos.
Em 2000, apenas 35% dos resíduos eram destinados aos
aterros. Em 2008, esse número subiu para 58%. Além disso, o número de
programas de coleta seletiva saltou de 451, em 2000, para 994, em
2008. Para regulamentar a coleta e tratamento de resíduos urbanos,
perigosos e industriais, além de determinar o destino final correto do lixo, o
governo brasileiro criou a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei n°
12.305/10), aprovada em agosto de 2010. Experiências como essa serão
discutidas dentro da Rio+20.
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